quarta-feira, 9 de junho de 2010

Cadê o romantismo?


O Dia dos Namorados está se aproximando e não adianta mentir, para nós mulheres, a data é motivo de alguma expectativa... E isso não significa que necessariamente a troca de presentes seja fundamental. Pelo contrário, para o sexo feminino programas e pequenos gestos românticos ou algo que simplesmente simbolize (e DEMONSTRE, claro!) que o outro pensou com carinho sobre o sentimento compatilhado têm mais valor do que qualquer presente. Antes que alguém me critique, não usei a palavra valor no sentido financeiro. Quero dizer que preparar um jantar em casa, escrever um cartão, passar a noite juntos, ouvir boa música e beber vinho a dois ou tomar café da manhã na cama são gestos simples que demonstram amor pela parceira. O problema é que nem sempre os homens estão dispostos a usar a criatividade e dedicar algum tempo com os preparativos. Até existe uma pequena parcela que gosta de surpreender, mas, claro, muitos já são comprometidos. Sorte de quem os fisgou.

Há cinco anos compartilhando alegrias e tristezas, o casal de namorados, Roberta, 27 anos, e Marcos, 29, resolveu substituir a troca de presentes que estavam acostumados a fazer no Dia dos Namorados por pequenos mimos. Pelo tempo de relacionamento, Roberta conseguiu conhecer bem os gostos do parceiro e comprou uma caixa de bombom.

No dia da comemoração, a moça combinou de encontrar o namorado na casa dele. Ansiosa para ver a felicidade do parceiro, logo que o encontrou entregou a lembrança. Depois de alguns beijos de agradecimento, ele disse que não havia comprado NADA. Extremamente chateada, Roberta não conteve as lágrimas. Enquanto ela chorava, Marcos resolveu dar um passeio para espairecer. Na verdade, ele usou essa desculpa para correr atrás de um mimo.

Se eu fizesse uma enquete perguntando qual foi a lembrancinha escolhida por Marcos, provavelmente ninguém acertaria. Confesso que quando ouvi a história, cheguei a duvidar que um homem maduro, inteligente e apaixonado pudesse comprar um imã de geladeira (sim, você leu certo!) para a namorada com a qual se relacionava há CINCO anos e que nem mesmo geladeira própria tinha, já que Roberta morava com os pais. Depois de tanto tempo de relacionamento, ele já não sabia que um simples botão de rosa ou uma unidade do chocolate preferido agradaria a namorada e a faria se sentir amada e mais feliz? Convenhamos que um imã de geladeira (meu Deus! Era isso mesmo?) escrito “Você é irresistível” foi uma gafe e pareceu descaso dele.

Roberta ficou tão decepcionada com a falta de romantismo do namorado que, ao invés de secar as lágrimas e abrir um sorriso, continuou chorando. A comemoração, que tinha tudo para ser divertida, tornou-se um pesadelo.

sábado, 5 de junho de 2010

Parente é serpente

A pedidos, uma história que NADA tem a ver com dinheiro (aliás, como a maioria das narradas por mim nesse blog):
Fabíola e Julio namoravam há quatro anos quando ele resolveu dar um fim ao relacionamento, que todos acreditavam que daria em casamento. O término surpreendeu Fabíola. Na semana anterior, tinham ido juntos ao casamento da irmã de Júlio em Campinas (cidade onde ele morava) e tudo parecia bem. Como sempre, foi super bem recebida pela família do namorado e quando alguém perguntava quando eles trocariam alianças, Júlio não parecia incomodado ou confuso.
Uma semana após o término, Fabíola ainda tentava entender os motivos, fazendo uma retrospectiva dos últimos meses em busca de algum sinal. Não encontrou nada. Até que uma voz começou a persegui-la (Fabíola é medium): "Tem uma mulher, tem uma mulher...". Não bastasse isso, sonhou que abria a porta do quarto do namorado e o flagrava com uma loira na cama. Fabíola ignorou a voz e o sonho e seguiu em frente.
Mas algo lhe dizia que ela precisava falar com Júlio mais uma vez para ficar em paz. Então, um dia saiu do trabalho, pegou seu carro e seguiu sozinha para Campinas. Apenas uma amiga foi avisada.
Chegou em Campinas às 20h. Ao vê-la, o porteiro do prédio pareceu meio assustado. Fabíola pediu para não ser anunciada, mas como não confiou que ele fosse atender ao seu pedido, subiu correndo pela escada. Ao abrir a porta, Lúcia - a empregada - ficou mais branca do que um papel: "Dona Fabíola, você por aqui?".
Fabíola entrou como um furacão, cumprimentou todos que estavam na sala (mãe, pai e irmãos) e seguiu para o quarto do ex.
Ao abrir a porta, seu sonho tornou-se realidade: ali esava Julio nos braços de uma loira.
Sem perder a pose, Fabíola fechou a porta e saiu. Julio foi atrás dela tentar explicar o inexplicável, com aquela desculpa básica "não é nada do que você está imaginando".
Você deve estar pensando: "Julio estava solteiro, portanto, podia dormir com quem quisesse". Sim, podia. Mas Fabíola descobriu que aquele caso já durava meses e, PIOR, a única que não sabia era ela. Porteiro, empregada e toda a família eram cúmplices.
Será que esses pais gostariam que um homem fizesse o mesmo com a filha deles? Pois é, mas pimenta nos olhos dos outros é refresco...

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Comemoração frustrada

Sei que não posso generalizar, mas a maioria dos homens (infelizmente) não se preocupa com datas comemorativas. Já para as mulheres é importantíssimo celebrar um aniversário de namoro ou de casamento. E isso não significa presentes caros ou viagens ao exterior (claro que gostamos, mas coisas simples também podem ser surpreendentes). O problema é que não podemos esperar muito coisa dos homens.

Sabrina, 25 anos, e Roberto, 26, planejaram fazer uma viagem para comemorar cinco anos de namoro. Por ser uma ocasião romântica, o casal escolheu um lugar frio, com belas paisagens e deliciosos vinhos. Até aí estava tudo perfeito, porém certo dia Roberto contou para a amada, com a maior empolgação, que tinha convidado a turma de amigos para compartilhar esse momento tão especial. O pior é que alguns aceitaram o convite e começaram a correr atrás dos preparativos. Por sorte (ou azar) de Sabrina, na última hora todos desistiram e eles acabaram viajando sozinhos. Mesmo assim, a viagem não foi tão especial quanto eles esperavam. Tanto é que não demorou muito para a relação chegar ao fim. Será que ele já estava com planos de terminar e, por isso convidou os amigos para animar a trip?

Situação parecida aconteceu com Ana, 27 anos, e Fabio, 32. O casal estava prestes a comemorar um ano de casamento quando ele sugeriu para a esposa passar a noite em um hotel bacana ou viajar no final de semana para Buenos Aires. Feliz da vida, Ana escolheu a viagem. Na hora de comprar as passagens, Fabio pediu para a esposa passar os dados dela para o irmão (se você achou que o irmão de Ana trabalha em uma agência de turismo, se enganou). O marido (muitooo ingênuo) contou que o cunhado (irmão de Ana) iria emitir com milhas as passagens dela, dele e da namorada. Pior do que isso, além de convidar o cunhado, Fabio também chamou os sogros para a "grande festa". Inconformada, Ana cancelou a viagem e o casal acabou comemorando a data em um simples restaurante.

domingo, 23 de maio de 2010

Exibido ou apaixonado?

Como já falei em outros posts, nem sempre apresentação de amigos resulta em boa coisa. Muitas vezes você pode estar simplesmente entrando numa fria. Mas, enquanto não encontramos a pessoa certa, vale se divertir com as erradas (desde que os defeitos sejam no mínimo toleráveis).

Giovanna e Fabricio namoravam há algum tempo e resolveram ajudar os amigos solteiros. Giovanna convidou Rafaela, uma amiga de longa data, para viajar com a turma do namorado no Ano-Novo. Como Rafaela estava livre, leve e solta, aceitou o convite logo de cara.

Durante a viagem, João (amigo de Fabricio) se interessou por Rafaela. E, por incrível que pareça, esse "amor" de verão subiu a serra. O novo casal continuou saindo por 1 MÊS até que chegou o aniversário de Rafaela, que comemorou com uma festa no jardim de sua casa.

Como bom moço, João não quis aparecer de mãos abanando (bom sinal), mas acabou exagerando. Ao chegar na casa da bela mulher, ele entregou um pequeno embrulho de uma famosa joalheria. Quando abriu a caixinha preta, Rafaela se deparou com um lindo anel de ouro branco e pedras brasileiras. Se a intenção dele era surpreender de forma positiva, o efeito foi oposto. Educada, ela agradeceu o presente, mas ficou assustada. Qual a intimidade que eles tinham para o presente ser uma jóia?

Após uma semana, Rafaela decidiu devolver o anel. Além de achar o mimo exagerado, não estava com a intenção de namorar, muito menos, casar com ele. Pelo contrário, foi o ponto final de algo que nem tinha começado. Ah, mas ele não aceitou a devolução.

Se você está achando João um fofo e Rafaela uma bruxa, saiba que a história não acabou. João repetiu a mesma atitude com outras garotas que se relacionou. Para ele não importava o tempo que estava saindo com a menina. Se o aniversário dela estivesse próximo, ele não pensava duas vezes. Ia na mesma joalheria e comprava um maravilhoso presente. Será que ele realmente se apaixonava fácil pelas mulheres? Ou usava a jóia para se promover?

Assim como eu, acredito que 99% das mulheres, gostam de ganhar jóia do companheiro. Mas, isso só deve ser feito quando há a mínima intimidade entre o casal, até para não parecer que a jóia foi comprada por uma questão de facilidade.

domingo, 16 de maio de 2010

Quando os pais têm razão

Raquel tinha 18 anos quando se apaixonou à primeira vista pelo lindo e sedutor Donatello (o pintor renascentista - ou tartaruga ninja - era outro, mas como preciso preservar os envolvidos o chamaremos assim), um pouco mais jovem que ela, durante as férias de janeiro no Guarujá, onde tinham apartamento em prédios vizinhos.
Contrariando o ditado, o amor de verão subiu a serra e eles começaram a namorar, para desgosto dos pais de Raquel, que sonhavam com um rapaz mais promissor para a filha (Donatello, que pertencia a uma família humilde, estava no colegial e não demonstrava intenção de ingressar numa faculdade e muito menos de procurar um emprego). Enquanto Raquel já estava no primeiro ano da faculdade, Donatello ainda estava "no esquema escola, cinema, clube, televisão".
Apaixonada, Raquel enfrentou os pais, que lhe cortaram a mesada, deixaram de pagar sua faculdade e pararam de falar com ela. Foram tempos difíceis. Raquel começou a trabalhar, pediu bolsa na faculdade e passava o final de semana inteiro na casa do namorado, pois não podia convidá-lo para ir na sua.
Sem dinheiro, passavam o fim de semana todo em casa com a família dele, que não era das mais católicas (a mãe e o padrasto viviam quebrando o pau e a irmã mais nova era uma piriguete - apesar de esse termo nem existir na época).
Mas o amor parecia lindo e, assim, viveram durante três anos. Até que, um belo dia, Donatello acordou com uma ideia na cabeça e nenhum dinheiro no bolso para executá-la. Queria comprar uma van para vender cachorro-quente em uma praça perto da casa dele. Nisso, Raquel já estava quase se formando na faculdade.
A namorada boazinha, contente com a decisão do namorado de sair do ócio, se ofereceu para emprestar o dinheiro para a compra da van. Assim, retirou todas as suas economias da poupança e entregou a Donatello. Dizem que pessoas apaixonadas ficam cegas, né? Pois Raquel estava completamente. Não ouvia nem seus pais nem as amigas, que tentavam alertá-la de que Donatello era folgado e se aproveitava dela.
Claro que Raquel não pediu para Donatello assinar nenhum contrato nem colocou o carro em seu nome... Acho que você já pode imaginar o que aconteceu, não? Pouco tempo depois, Donatello deu um pé na bunda de Raquel e se mandou com a van, que afinal era dele. Ele até disse que pretendia devolver o dinheiro, mas 14 anos se passaram e Raquel não conseguiu recuperar nem um tostão.
Hoje, Raquel é casada com um moço que seus pais adoram e tem duas filhinhas lindas. Donatello, da última vez que Raquel o encontrou na rua há alguns anos, estava com um visual meio emo e se dedicando à carreira de modelo (com um book fotográfico debaixo dos braços)... Ah, e nem tocou no assunto "dinheiro emprestado".